
Quando terminamos o "Marina Contra Todos" decidimos que não ficaríamos no formato de uma história a 7 mãos novamente. Fazia sentido no Marina, mas, se começássemos assim, estaríamos traindo os nossos princípios, fazendo com que o formato ditasse o conteúdo. Forma e conteúdo, dentro do que entendemos, são coisas indivisíveis, não possuem essa carga hierárquica, e a tentativa de hierarquizar empobrece o material final. Pra mim, ao menos, fazer arte é buscar a forma certa de apresentar suas questões, ou angústias, ou razões que sejam, e se a forma é dada "prioristicamente", então você já encontrou a solução ao seu conteúdo. O que transforma a sua busca em farsa, uma vez que ela nunca houve de fato.
Voltamos ao zero, discutimos temas, artes, estilos. Decidimos voltar a publicar contos separados, mas em que os assuntos de alguma forma se encontrassem. Uma vez que cada um queria discutir coisas muito distintas, optamos por unir tudo, em vez de por um tema ou história, por um gênero. Terror.
Só que, como nada é perfeito, as histórias acabaram ficando muito grandes e não cabiam numa única revista. Cortamos, rediscutimos, reescrevemos e ainda ficou tudo muito grande. Cortamos, refizemos todos os passos e ficamos insatisfeitos com o produto final. A proposta original de cada um era bem mais forte e percebemos que estávamos reféns do formato de novo. Eis que uma bomba caiu e encontramos a solução para os nossos problemas: O Contínuo 8 será dividido em 3 partes. É isso aí. Três contos (4 na verdade, mas discutiremos isso no futuro), 3 revistas, 3 duplas criativas. Ah, e tudo deve sair em 3 meses (isso mesmo, estaremos nas bancas mensalmente), o que deve dar um pouco mais de trabalho (e de dinheiro, mas quem se importa com essas coisas, num é mesmo?).
Um comentário:
tu é fera d+...
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