Hoje, para mim, é um dia deprimente. Vou a praça de alimentação mais próxima, aproximo do balcão e peço sem culpa um delicioso Quarteirão® com Queijo™. Aí, é que as coisas se complicam. Eu queria apenas um pouco de queijo gordurento e carne (100%) bovina, mas na minha bandeja colocaram um jogo de dança. Mas porquê diabos eu iria querer dançar? E justo no meio da praça de alimentação? Fiquei consternado. Mas nada me preparou para o que viria a seguir.
Quando peguei meu sanduíche, para meu espanto, tinha um rapaz praticando escalada na embalagem. E a tal da congestão? O rapaz é imune? Sou apenas eu que após comer um suculento hamburguer fico cansado e cutucando o umbigo em frente a qualquer televisão? Me deprimi mais. Eu vou no lugar querendo engordar e eles querem me deixar mais magro? Comendo essa porcaria? Aí num dá...
Cheguei a conclusão estapafúrdia de que ninguém mais quer vender aquilo que vende. Querem vender outra coisa. É a era da vendificação. Tem mané vendendo cogumelo pra curar pereba. E eu que achava que cogumelo era uma pereba do mundo. Até o Pão de Açúcar que outrora fora um belo lugar do Rio de Janeiro é agora lugar de gente feliz. Toda vez que eu vou tem alguém indignado com o preço, mas me dizem que lá é lugar de gente feliz. Até o Arnaldo Antunes gosta do cheirinho de pão. Mas não é isso que vendem lá. Eles vendem coisa de supermercado só que mais caro. Vai ver que a diferença de preço é a tal da felicidade. Ou serviço. Ou vai ver que serviço é felicidade. Vai ver que o sujeito que faz o serviço vende a própria felicidade (porque ninguém é feliz no serviço) pra comprar a felidade alheia
Fiquei mais deprimido. E atento a esses meandros comecei a consumir a infelicidade dos outros. É mais barata. Um bom exemplo de consumo é o Bad Tattoos. Se isso não adiantar, talvez, caros amigos, seja hora de dar um basta nesta vida.
Talvez seja hora de começar a fumar.
T:Lemøs
Um comentário:
Adorei.
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